terça-feira, 12 de junho de 2012

O amor não é tudo de que você precisa

 
A cultura celebra a busca pelo amor verdadeiro: em músicas, filmes e poemas. Criou-se, assim, uma mentalidade de que alguém só pode ser feliz se encontrar o seu “príncipe encantado” ou a sua “bela adormecida”.

O "mito do romance" é que “você não é ninguém até que alguém o ame” ou “você só é feliz se tiver alguém ao seu lado”.

O que acontece é que esse mito do romance se tornou um “ídolo” em nossa cultura, influenciando milhares de pessoas.
 
O que é um ídolo? É qualquer coisa que se tornou tão central e essencial em sua vida que, caso você a perca, achará difícil continuar vivendo. É algo que buscamos alcançar para dar significado, proteção, segurança e satisfação para as nossas vidas. É uma coisa boa que se tornou seu bem último ou principal. Um ídolo pode cegar você ou tornar você como um viciado em drogas (e viciados sempre fazem escolhas destrutivas e tolas).
Quando isso acontece é algo tão prejudicial que há pessoas que se sentem escravizadas por ele: “verdadeiras escravas do amor”. Permitem até ser exploradas, abusadas, ter seus limites apropriados violados ou excedidos, porque acham que não conseguem viver sem esse ídolo. O romance, então, se tornou o seu “senhor”.

Por que as pessoas fazem do romance um ídolo? Porque estão atrás de uma afirmação e aceitação profundas que só Deus pode dar.

Desmistificando o “mito”
Perceba o que aconteceu na história de Lia:

“Concebeu, pois, Lia e deu à luz um filho, a quem chamou Rúben, pois disse: O SENHOR atendeu à minha aflição. Por isso, agora me amará meu marido.

Concebeu outra vez, e deu à luz um filho, e disse: Soube o SENHOR que era preterida e me deu mais este; chamou-lhe, pois, Simeão.

Outra vez concebeu Lia, e deu à luz um filho, e disse: Agora, desta vez, se unirá mais a mim meu marido, porque lhe dei à luz três filhos; por isso, lhe chamou Levi.
De novo concebeu e deu à luz um filho; então, disse: Esta vez louvarei o SENHOR. E por isso lhe chamou Judá; e cessou de dar à luz. (Gênesis 29:32-35)

Cada filho que Lia tinha achava que o marido (Jacó) iria amá-la mais do que a sua irmã Raquel, porém, isso não acontecia. Lia estava "escrava" do amor do marido, e se sentia miserável, porque ele nunca a amava como ela queria. Até que quando teve o quarto filho entendeu que a razão da sua vida e o amor que ela mais precisava e buscava não era o amor do seu marido, mas o de Deus, e por isso o chama de "Judá" que significa "louvor".

Sabe o que acontece quando você coloca todas as suas esperanças de felicidade no “amor romântico”? Ele afunda... (Como Jack no filme Titanic). E se você não tirar esse peso esmagador de expectativas sufocantes dele, antes de começar um relacionamento, ou quando estiver em um relacionamento, isso poderá fazer com que você afunde a outra pessoa, afunde a você mesmo, e afunde o relacionamento como um todo.
O interessante nessa história é que o Senhor Jesus era descendente da desprezada e mal amada Lia e não da bela Raquel. Ele nasceu através da linhagem de Lia. Deus escolheu a mal amada para que Ele (Deus) a pudesse amar. Ele seria o “verdadeiro noivo” daquela que se sentia sem noivo. Ele ama os não amados, os fracos e os que ninguém quer.

Como Aplicação Faça o "N.D.A."
1) Nomeie (qual é o seu ídolo?): talvez o ídolo do romance?
2) Desmascare (o que ele tem feito a você?): talvez dito que você não é ninguém porque não tem um namorado ou namorada?
3) Alegre-se (em quem você é em Deus): você é filho/filha de Deus. Ele muito te ama e tem prazer em você.

O nosso verdadeiro amor, o verdadeiro romance, só pode ser encontrado com o verdadeiro noivo, Jesus.

Talvez você esteja buscando esse tipo de amor verdadeiro nos braços de uma outra pessoa, mas é só nos braços de Deus que você vai encontrá-lo verdadeiramente. Talvez você acha que ninguém te nota, mas eu quero te dizer que o Senhor Jesus está encantado com você, mesmo quando ninguém te nota.

Ouça Ele dizer: “Eu sou o seu verdadeiro Noivo. Há apenas um par de braços que pode dar tudo o que o seu coração verdadeiramente deseja. Volte-se para mim, porque eu te amo e estou encantado com você neste exato momento.” Eu tenho um amor que é maior do que o mundo e esse amor é seu, e esse amor sou eu.”

4 comentários:

Alfrêdo Oliveira disse...

Querido amigo, entendo a banalização e viés econômico que envolve "a data", entretanto, não acredito no mito do romance, mas no eterno propósito de Deus de prover uma ajudadora para o homem (Gênesis 2.20ss). Esta relação é tão sublime que tem como alvo o amor de Cristo pela Igreja (Efésios 5.23ss). Forte abraço,

Clovis Oliveira disse...

Verdade, mas o "mito do romance" se refere a colocar o amor romântico acima do de Deus ou no lugar dele, e não ao fato de que Deus tem um propósito em unir pessoas para a mútua santificação.

Patty Gueiros disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Patty Gueiros disse...

Muiiito bom!

Fui a um chá hj, onde Simone Quaresma, deu uma palavra, justamente, em cima disso.
Posso compartilhar no face?